Empresas ligadas ao PSDB não são citadas nas investigações

A Operação Parasita que investiga a máfia da saúde e o desvio de mais de R$ 100 milhões, deixou de fora as empresas Halex Istar e Embramed Indústria de Produtos Hospitalares, consideradas "peças-chave" do esquema de corrupção. Um acordo feito entre a Justiça e os governos burgueses fez com que as investigações ligadas a máfia da saúde, que durante os anos de 2004 a 2008, desvio mais de R$ 100 milhões do dinheiro público para os tubarões da saúde, retirasse do processo as empresas Halex Istar e Embramed Indústria de Produtos Hospitalares, consideradas peças-chaves para desmontar o esquema de corrupção. O acordo visa, claramente, defender os interesses do PSDB, já que uma das empresas, a Halex Istar, pertence à Heno Jacomo Perillo, primo do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), ex-governador de Goiás e presidente da Casa. A máfia da saúde envolve mais 11 empresas fornecedoras de remédio que atuava com o completo apoio dos governos municipais dos três principais estados do país: em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No caso de São Paulo, durante a gestão do mini-ditador Gilberto Kassab (DEM), o esquema foi ainda mais beneficiado e mantinha esquema com os principais hospitais públicos do estado e da Prefeitura. O esquema passou a ser investigado pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Ministério Público em 2008, com a chamada “Operação Parasita”, que segundo as apurações comprovou o envolvimento da Halex Istar Farmacêutica e a Embramed Indústria de Produtos Hospitalares nas fraudes. As empresas utilizavam firmas menores como laranjas, repassando seus produtos para que as mesmas participassem das licitações fraudadas. Em alguns casos também ficou constatado a participação direta das empresas com fraudes que ia desde licitações para vendas de equipamentos a hospitais públicos até a entrega da quantidade de medicamentos abaixo do requisitado pelos hospitais. Mesmo o esquema de corrupção tendo sido descoberto, as principais empresas simplesmente sumiram das investigações e dos processos que ao todo citaram 13 pessoas e seis pequenas empresas. A desculpa esfarrapada dada pelo promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, que participou das investigações, foi a de que as duas empresas seriam investigadas em processos a parte, em dois inquéritos policiais da responsabilidade do delegado Luís Augusto Castilho Storni. Entretanto até o momento, quase um ano depois, as empresas continuam impunes e sem o nome ser citado em qualquer dos processos. Nos dois inquéritos aberto as empresas apareceram apenas como notas de rodapé e o cínico argumento utilizado pela “Justiça” para justificar a aberração foi a de que o delegado apenas teria repetido os nomes das empresas e proprietários que já constavam no inquérito anterior, que deu origem a operação, e como as duas empresas não tinham sido citadas, já que a manobra previa que isso ocorresse nesse processo, elas simplesmente sumiram, ou seja, foram “esquecidas”. O esquema foi montado para isentar o PSDB de qualquer possível investigação, já que os crimes além de terem sido cometidos durante a gestão tucana, ainda envolvem um dos principais lideres do partido. Todo o esquema de corrupção é resultado da política criminosa dos governos burgueses de entregar nas mãos dos capitalistas o controle das verbas da saúde, dando a esses parasitas o total controle dos serviços essenciais da população.

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